sem por(que)...
abre a tua alma e crescer-te-ão asas
Disseste... Vai
O silêncio...
a compreensão normalmente existia...
tudo se foi...
Hoje, olho um ecrã
para te saber respirar
e nada mais retorna
(ou sera retoma??!!)
E continuo eu...
sentada na cadeira de trabalho
ao lado do real
a não ser...
Obrigada
a compreensão normalmente existia...
tudo se foi...
Hoje, olho um ecrã
para te saber respirar
e nada mais retorna
(ou sera retoma??!!)
E continuo eu...
sentada na cadeira de trabalho
ao lado do real
a olhar o ecrã
(que me deixaste!)
que ja nada me diz...
a não ser...
FOSTE!!!
Obrigada
A baía parecia distante… como o continente que sabemos existir no horizonte quando contemplamos o oceano.
Placas que constante nos renovam a esperança – “Foz”. Porém deambulamos… deambulamos e cada instante nos faz parecer mais longe do que desejamos.
Está um dia de chuva que mais parece nevoeiro. Uma bruma que o Sol não acordou e que dá às coisas uma sensação de melancolia e história.
Perco-me em divagações sobre mim – vida e emoções. Instantes em que me abstraio e o tempo parece decorrer por si próprio… uma vida na voz entusiástica do vento.
Placas que constante nos renovam a esperança – “Foz”. Porém deambulamos… deambulamos e cada instante nos faz parecer mais longe do que desejamos.
Está um dia de chuva que mais parece nevoeiro. Uma bruma que o Sol não acordou e que dá às coisas uma sensação de melancolia e história.
Perco-me em divagações sobre mim – vida e emoções. Instantes em que me abstraio e o tempo parece decorrer por si próprio… uma vida na voz entusiástica do vento.
Quis que me dissesses
« Tenho saudades »
Mas na tua voz,essa que já não reconheço entre palavras
diálogos desprendidos de um telefone,
esse olhar distante que magoa em ausência presente.
Que te dizer senão
« Nada »
pois não percebeste ainda que ao fazê-lo te quero sentir perto…
Despi-me e vestiste-me com um casaco de Inverno
para que não acuse a falta do teu calor em pequenos gestos.
já não te penso…
já não tremo ou suspiro ao ver-te ou ouvir o
teu nome
Continua-se um percurso em que a realidade mata o sonho da ausência de tempo… memoráveis dias em que entrava no anoitecer sem temer o dia.
Soltaram-se as amarras
que nos prendiam
o sonho que o pedestal
sustentava
ruiu quando as minhas mãos
- velas –
se apagaram
com a tua ausência.
caminho agora na berma de um rio
que outrora vimos extinto
e agora perece calmamente.
Fotografia de Cristiana Gaspar
Olhamos numa mesma direcção e depositamos nesse momento a nossa última réstia de esperança.
Soltaram-se as amarras
que nos prendiam
o sonho que o pedestal
sustentava
ruiu quando as minhas mãos
- velas –
se apagaram
com a tua ausência.
caminho agora na berma de um rio
que outrora vimos extinto
e agora perece calmamente.
Fotografia de Cristiana Gaspar
Olhamos numa mesma direcção e depositamos nesse momento a nossa última réstia de esperança.
Carta
Uma brisa de Verão
Encontramo-nos um dia após desencontros, receios marcadamente tímidos de um "Quero-te".
Falamos horas e horas, trocamos os eus numa partilha, "ferimo-nos" quando calmamente pedíamos mais!
Caminhamos entre montanhas... a noite então levantada saudava-nos e nos sem querermos ir.
Fomo-nos provocando com aromas e olhares... desejos que arduamente tentávamos conter desde um passeio, hoje distante, surpreendentemente surgido.
Beijei-te o pescoço mas queria os lábios que docemente olhava.
Paraste o carro e unimo-nos... nesse instante adicionamos uma flor ao ramo que entrelaçávamos.
Soltamo-nos e a brisa... a desse verão... sopra em mim.
Ainda agora vieste, nesse teu começo de encanto, e já te sinto longe.
Falamos horas e horas, trocamos os eus numa partilha, "ferimo-nos" quando calmamente pedíamos mais!
Caminhamos entre montanhas... a noite então levantada saudava-nos e nos sem querermos ir.
Fomo-nos provocando com aromas e olhares... desejos que arduamente tentávamos conter desde um passeio, hoje distante, surpreendentemente surgido.
Beijei-te o pescoço mas queria os lábios que docemente olhava.
Paraste o carro e unimo-nos... nesse instante adicionamos uma flor ao ramo que entrelaçávamos.
Soltamo-nos e a brisa... a desse verão... sopra em mim.
Ainda agora vieste, nesse teu começo de encanto, e já te sinto longe.
Escolhas
"You have to choose in which side you are!"
E definitivamente escolho estar aí
E definitivamente escolho estar aí
do teu lado esquerdo.
Julgava seres o ser perfeito… claro que tudo não passava de ilusão afogada em devaneios que não revelo.
Rostos de azul profundo… uma flor que não nasce com o amanhecer.
Caóticos sonhos que se enlaçam, pedras no encalce de uma viagem… terna e brusca na imensidão.
O verão chega e depressa se esvai em palavras e gestos devassos como aqueles que nada mais objectivam que o acordar!!!!
excerto de Um café virado para o Sol
Rostos de azul profundo… uma flor que não nasce com o amanhecer.
Caóticos sonhos que se enlaçam, pedras no encalce de uma viagem… terna e brusca na imensidão.
O verão chega e depressa se esvai em palavras e gestos devassos como aqueles que nada mais objectivam que o acordar!!!!
excerto de Um café virado para o Sol
Que madrugadas nos consolam e que pensamentos nos assolam ao anoitecer? Imagino a linguagem dos sons nas cores do crepusculo sobre o qual me prosto.
Não mais palavras... as que outrora lancei ao vento das memorias...
Adormeço a pensar-te... imaginar as vestes dos sonhos... ritual.
Que imagem vislumbras nesse instante em que fechas os olhos?
a solidão... um reflexo de um beijo desejado, fervorosa e ternamente desenhado em sonhos.
Não mais palavras... as que outrora lancei ao vento das memorias...
Adormeço a pensar-te... imaginar as vestes dos sonhos... ritual.
Que imagem vislumbras nesse instante em que fechas os olhos?
a solidão... um reflexo de um beijo desejado, fervorosa e ternamente desenhado em sonhos.
Al Berto...
«retrato de Al Berto, encenado por Paulo Nozolino, em homenagem a Caravaggio»[capa de O Medo]
Ofício de Amar
já não necessito de ti
tenho a companhia nocturna dos animais e a peste
tenho o grão doente das cidades erguidas no princípio doutras galáxias, e o remorso
um dia pressenti a música estelar das pedras , abandonei-me ao silêncio
é lentíssimo este amor progredindo com o bater do coração
não, não preciso mais de mim
possuo a doença dos espaços incomensuráveis
e os secretos poços dos nómadas
ascendo ao conhecimento pleno do meu deserto
deixei de estar disponível, perdoa-me
se cultivo regularmente a saudade do meu próprio corpo.
Poema de Al berto in O Medo - Livro IV "Sete dos Oficios (1980)
(...) ouve-me
que o dia te seja limpo e
a cada esquina de luz possas recolher
alimento suficiente para a tua morte.
excerto Al Berto, Horto de Incêndio
uma lembrança do dia 13 de Junho... as saudades e o preenchimento que deixas(te)
O olhar...
O olhar... o teu que por momentos, nem sempre ténues, vais depositando em mim.
Entre sorrisos... visões derramadas timidamente. corpos em palavras trocados... sentimos vontade de mais por sobre histórias partilhadas.
Respondeste-me num olhar... agora questiono o receio.
Sempre não vieste e o teu sorriso é meu.
"Exposta" sentia-te, imaginava-te... agora revejo-te
Entre sorrisos... visões derramadas timidamente. corpos em palavras trocados... sentimos vontade de mais por sobre histórias partilhadas.
Respondeste-me num olhar... agora questiono o receio.
Sempre não vieste e o teu sorriso é meu.
"Exposta" sentia-te, imaginava-te... agora revejo-te
(….) a espera faz de mim parte como um dia a saudade.
tenho a estranha vontade que te esqueças de mim para que me esqueça e encontre
A liberdade desponta em cada olhar fulminado pelo passado da lembrança, cada lágrima nascida que alimenta a vida.
Uns olhos que se cruzam. um anoitecer em chamas nas distantes terras do meu ser. celebram-se por entre toques destilados a medo os anseios de sentir.
passamos o tempo que vamos chamando de passado em constantes deambulações diversificadas que julgamos unas. deixamos para trás desejos, emoções numa procura atrofiada de um sentido que apenas nos apercebemos quando por fim o tempo se sente mais pesado e lentamente veloz.
tenho a estranha vontade que te esqueças de mim para que me esqueça e encontre
A liberdade desponta em cada olhar fulminado pelo passado da lembrança, cada lágrima nascida que alimenta a vida.
Uns olhos que se cruzam. um anoitecer em chamas nas distantes terras do meu ser. celebram-se por entre toques destilados a medo os anseios de sentir.
passamos o tempo que vamos chamando de passado em constantes deambulações diversificadas que julgamos unas. deixamos para trás desejos, emoções numa procura atrofiada de um sentido que apenas nos apercebemos quando por fim o tempo se sente mais pesado e lentamente veloz.
Um dia
Em que estrada, mar, montanha te encontras tu?!...que te sinto e penso como se estivesses aqui!
Nesta serenidade cantada pelo dedilhar de uma guitarra deambulando ao sabor do tango que exalamos...
Es parte de mim... envolvemo-nos
Nesta serenidade cantada pelo dedilhar de uma guitarra deambulando ao sabor do tango que exalamos...
Es parte de mim... envolvemo-nos
Percursos
Porque será que nos libertamos tão facilmente de umas coisas por outras ?
Sim, nada/ninguém é eterno ou insubstituível.
Ainda assim continuo sem perceber e faço um esforço para aceitar… e continuo a acreditar em mim, e mesmo não estando em vós, vocês estarão sempre em mim.
Aguardo…
Um afastamento traz sempre uma aproximação… nem que seja (apenas) a nós mesmos
Sim, nada/ninguém é eterno ou insubstituível.
Ainda assim continuo sem perceber e faço um esforço para aceitar… e continuo a acreditar em mim, e mesmo não estando em vós, vocês estarão sempre em mim.
Aguardo…
Um afastamento traz sempre uma aproximação… nem que seja (apenas) a nós mesmos
A voz...
Conheci-te ontem num almoço, tu entre os músicos. Não ousei falar-te. Pediste-me o café que havia esquecido entre a multidão de pessoas com quem estavas… e eu estava. Apercebi-me quando nesta manhã te senti observares e olhares-me.
“A tua voz… est merveilleuse!”
E cantamos… ouviste e vieste… Nesse momento senti-me sair do corpo.
Naquela noite, especial, excitante, penetrante, louca… subimos ao palco…
Um merci et… à bientôt…
e « Vive ! »
um pequeno registo de jazz
Imaginários sons
Tempos houveram em que fazia sentido estar ligada ao mundo por tecnologias (telefone).
De tempos a tempos, breves, ouvia-lhe o som e sabia-te.
Nestes tempos, os de hoje, ontem, amanhã mantenho-me ligada e imagino que toca… mas não… e não sei se ouvirei os sons novamente.
De tempos a tempos, breves, ouvia-lhe o som e sabia-te.
Nestes tempos, os de hoje, ontem, amanhã mantenho-me ligada e imagino que toca… mas não… e não sei se ouvirei os sons novamente.
Estrada
Soavam pausadas notas de um baixo. por entre um copo partilhado e um olhar, a acústica desenvolta, livre. as pernas tremiam mesmo assentes numa cadeira, essa poltrona de sonhos. um cigarro timidamente enrolado sobre um folha onde depositava a caneta que entoava cânticos, intimidades. passou-se uma hora e a voz, rouca e sedenta, quente em desejo, fervosa em sair. os olhos fechados. um Porto que acalma e seduz...
“Naquela estrada onde estás
aí sem mim,
perco-me no sonho de entrar
em ti pra mim (…)”
aí sem mim,
perco-me no sonho de entrar
em ti pra mim (…)”
uma breve nota de uma passagem, momento que se perpetua
Já não nos falamos, ouvimos, olhamos. Mas no entanto deixaste em mim a escrita, a que trocamos. Esse prazer agora renascido, mágoas e sorrisos onde nos encontramos e aproximamos... mais e mais intensamente.
Aguardo as palavras escritas sobre o papel, teu, tu... cujo aroma me recorda e transporta para o que julguei faltar.
Aguardo as palavras escritas sobre o papel, teu, tu... cujo aroma me recorda e transporta para o que julguei faltar.
Deixei-me levar pelo impulso, a vontade de mim. Ao cair da noite segui aromas que sentia, telas até então ténues… tão ténues que mesmo os contornos eram tépidos. Misturas de sons como terapia. Calores desenvolvidos entre brincadeiras e olhares trocados.
Era noite já nesse local à beira-mar onde parei para senti-lo. Literalmente entrei nele… deixei que me possuísse… húmida.
Fotografia de Cristiana Gaspar
Era noite já nesse local à beira-mar onde parei para senti-lo. Literalmente entrei nele… deixei que me possuísse… húmida.
Fotografia de Cristiana Gaspar
Estávamos em finais de Primavera. Cores e formas abençoadamente desenhadas. Um olhar que se ilumina de entre belezas que atraem e persistem. Cairás no desejo de penetrar o que entregas ao sentir.
As mãos tão ternamente quentes em ardências de alma que suspira em suores.
Vejo-me dissipar de mim ausências…músicas que entoam as árvores no ocaso.
Fotografia de Cristiana Gaspar
As mãos tão ternamente quentes em ardências de alma que suspira em suores.
Vejo-me dissipar de mim ausências…músicas que entoam as árvores no ocaso.
Fotografia de Cristiana Gaspar
Momentos partilhados entre silêncios e respirações ofegantes... recordações, saudades... tudo o que desejamos entre dissertações musicais e palavras sentidas.
assobios na entrada
Que aromas se escondem nestas madrugadas, alvores delineados, partilhas do que somos.
Replays perpetuados por noites e vezes que não se moldam em distâncias.
Serenidades alcançadas.
assobios na entrada
Que aromas se escondem nestas madrugadas, alvores delineados, partilhas do que somos.
Replays perpetuados por noites e vezes que não se moldam em distâncias.
Serenidades alcançadas.
o fim num principio
deparei-me com o inicio... hoje de um modo diferente pois nao estavas ja e era o fim... de ambos!
fiquei-me... nesse inicio final com uma frase num papel, uma lagrima no ombro, um abraço e... uma presença que nao a tua...
e finda um ciclo... mais um no percurso que desenvolvemos...
e nao estas!...
fiquei-me... nesse inicio final com uma frase num papel, uma lagrima no ombro, um abraço e... uma presença que nao a tua...
e finda um ciclo... mais um no percurso que desenvolvemos...
e nao estas!...
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