abre a tua alma e crescer-te-ão asas

Era já noite nessa chuvosa Primavera.
Aconchegamo-nos no tapete que compraramos nessa tarde.
Abrimos o vinho guardado para o momento, esse ao som do piano
das mãos vorazes de movimento, gestos nas teclas de uns dedos que conhecem a pauta.
Fechei os olhos por momentos, garantia de que estavas, que tocavas o som do meu corpo.

fui...



Seja como for, dê por onde der em todos e qualquer um…
Uma questão existe e é tão simples como Onde estou?
Valerá o teu sofrimento por mim?
Quererei eu que me perguntes?
Um dia aguardei a questão, essa que não me puseste…
Hoje imagino-me no vento, mas não procuro o que nele perdeste. Procuro sim, o que nele depositaste de mim, em ti, esse, vento.
Fotografia Cristiana Gaspar

25... sem mais palavras

todas serão poucas...

ouvimo-nos
e quantas vezes nos deixamos levar
pelos caminhos de ridiculas esperanças
de mensagens no vento...
desenhos nas nuvens
para que te lembres de mim

sons que inventei dando-me a ti