abre a tua alma e crescer-te-ão asas

Entregámo-nos ao suave despertar do corpo ternamente enlaçado um no outro sem fim. Mantinha-me de olhos abertos a olhar-te e pensar-te… conversas que sabia não conseguir dizer-tas quando acordasses.

«Pega-me nas mãos novamente… leva-as pelo prazer. Deposita no meu corpo o suor da tua alma. Entra no túnel dos sonhos e incendeia o meu espírito.»

O amor, aquele que vi e toquei por instantes, dilui-se agora no vento…
No teu olhar despertei e cresci, renasci das cinzas dos lamentos angustiantes solidões. Quebrou-se o gelo do sentir.

Não descanses novamente o teu espírito no meu peito nem os teus doces lábios na minha boca pois assim não te poderei deixar partir pelo caminho que nos afasta e separa e te leva por uma outra estrada onde um dia, num cruzamento, nos voltaremos a encontrar…