abre a tua alma e crescer-te-ão asas

Estrada

Soavam pausadas notas de um baixo. por entre um copo partilhado e um olhar, a acústica desenvolta, livre. as pernas tremiam mesmo assentes numa cadeira, essa poltrona de sonhos. um cigarro timidamente enrolado sobre um folha onde depositava a caneta que entoava cânticos, intimidades. passou-se uma hora e a voz, rouca e sedenta, quente em desejo, fervosa em sair. os olhos fechados. um Porto que acalma e seduz...
“Naquela estrada onde estás
aí sem mim,
perco-me no sonho de entrar
em ti pra mim (…)”



uma breve nota de uma passagem, momento que se perpetua