abre a tua alma e crescer-te-ão asas

Distante
a memória e a lembrança
solidão
sentida inúmeras vezes que até nos perdemos nos seus recantos e ousámos deixá-la para os outros com quem estivemos

dei-te
no meu olhar e ausência
o espaço na minha alma dormente de dor e angústia

As palavras ou a sua inexistência ferem como lâminas
gumes com que nos cortamos e despojamos perante um outro.
A noite é só mais um retrato da tua ausência.

Desejei o corpo e perdi a alma.
Uma vez mais deixamo-nos levar pela linguagem… rudes palavras… para não mais vivermos o silêncio do sentir.
Agora já nem as palavras persistem e o silêncio… que outrora amávamos enquanto nos amamos… perdeu-se no tempo.