sem principio
desejei pertencer-te
Distante
a memória e a lembrança
solidão
sentida inúmeras vezes que até nos perdemos nos seus recantos e ousámos deixá-la para os outros com quem estivemos
dei-te
no meu olhar e ausência
o espaço na minha alma dormente de dor e angústia
As palavras ou a sua inexistência ferem como lâminas
gumes com que nos cortamos e despojamos perante um outro.
A noite é só mais um retrato da tua ausência.
Desejei o corpo e perdi a alma.
Uma vez mais deixamo-nos levar pela linguagem… rudes palavras… para não mais vivermos o silêncio do sentir.
Agora já nem as palavras persistem e o silêncio… que outrora amávamos enquanto nos amamos… perdeu-se no tempo.
foto web
Queria o mundo… essa estrela que ilumina o sonho. Manhãs que nos abraçam, ocaso de ilusões. Será o dia a sobreviver à noite ou a noite ao brilho do dia?
Porque me chamas e atrais? Serei a Lua e tu o Sol? Talvez sejas a Terra e eu gravite em teu redor iluminando-te quando me chamas!…
... o quanto te desejei… Estradas que tornei curvas para te acompanhar. Flutuei no rio do sentir… adormeci no equilíbrio de uma cascata esquecida do mundo! Chorei as lágrimas que fizeram o mar… o vento fez-me ave.
Uma tatuagem de sentido… aquele que nomeias no espelho.
Abrimos as janelas da alma com a esperança de que o espírito se liberte.
Quebramos vidros
espelhos de um passado
com o sorriso da liberdade
Escondemos laços de lágrimas que derramamos na triste esperança de que sequem.
É tão estranho aquilo que recordámos